sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Essa não sou eu

Estou cansada desses puxões em minhas cordas.
Cansada dessa pintura ridícula de felicidade que vocês põe em meu rosto.
Não sou essa piadista que vocês dizem que sou.
Essa não é minha história!

Contem pra eles o que fazem comigo quando as cadeiras ficam vazias....

Vocês me jogam no baú na companhia dos cupins que me corrói reclamando
da minha péssima qualidade de madeira.
Taparia meus ouvidos para não escutá-los se meu cerébro não fosse tão ranzinzo
quanto um velho aposentado, ex militar, com prolemas de visão, surdez e de coluna
que não para de gritar sozinho com seu monte de almofada jurando que é seu cachorro que fugiu a três anos.


Aqui está apertado e nem me sustentar em pé pra sair andando eu posso,
devido a essas pernas que só sabem sambar junto com esses quadris oco.
Essa história não é minha!

Sou muito pra tão pouco.
Eu não quero ter uma plateia que rir da boneca, ou da prisioneira, ou ate mesmo
da dançarina de can can que vocês me fantasiaram hoje.
Quero uma plateia que se impressione com tanta genialidade diante do seus
narizes, que por sinal vocês não precisavam ter posto em meu rosto.
Fazem ideia de quanta poeira tem dentro desse baú?
No dia que vocês me fantasiarem de patroa, vou ter uma conversa
seria com os faxineiros desse teatro.

Dente todos os defeitos e mentiras que vocês colocaram em mim ao retirar tudo que eu era,
vocês preservaram algo importante: a esperança.
Posso estar enganada em achar que um dia irei ser quem sou, mas todos os dias
assim que minha cena nesse palco acaba, é ela que me convida
para um jantar a velas e acende a única luz desse estúpido baú.

Queria eu poder enxergar a saída...

eu, 18 anos.

domingo, 30 de outubro de 2011

Eu sou assim mesmo.

Como nunca conheci a espontaneidade decidi me transformar nela.
  As pessoas me olham e acreditam que estou louca, bêbada, e sem noção. Mas, na verdade, eu sou assim mesmo. A vida ta passando e a gente só fica no conforto de nossa poltrona e com a ilusão de que temos o controle em mãos. To afim de levar mais a sério a frase " E se eu morrer amanhã? ", e aproveitar meu dia como se fosse o ultimo. Vou satisfazer meus desejos a cada momento, falar com desconhecidos e tirar um dialogo divertido disso, prestar mais atenção ao que a natureza tem pra nos oferecer, entre outras mais.
  Fico puta pela falta de espontaneidade das pessoas, mais fico mas puta ainda de como elas não sabem receber a espontaneidade.Um dia eu irei de acertar a mesa das pessoas certas. Enquanto isso eu prefiro morrer tentando do que não tentar e simplesmente morrer.
  Já dizia Woody Allen " (...) the important thing in life is courage". Talvez ele esteja certo, talvez a coragem não seria pra viver e sim pra encarar julgamento das pessoas, ignora-lo ou dissolve-lo e aí sim: viver.
 Que tipo de resposta daria se quando você morresse te perguntassem o que fez no seu ultimo dia de vida? Fiquei decepcionada comigo ao perceber que seria mais ou menos assim minha resposta:

- Bom... hoje antes de morrer, eu fiquei na internet, depois dormir o resto da tarde, comi pão com ovo enquanto assistia novela e acho que só...
- hmmmm, que bom...
- É... que bom.

 Depois desse dia, resolvi mudar. Conhecer o mundo que eu não conheço. Mas como farei isso se tenho medo das pessoas que estão nele? Digo, as pessoas são cruéis. Não posso caminhar a qualquer horário do dia na rua sozinha, porque talvez eu seja assaltada ou coisa pior. Não posso fazer uma barraca na praia a noite pra aguardar o sol renascer porque perigoso demais...  O mundo vive sussurrando pedidos em meu ouvidos como o de um simples acompanhamento para o jantar, mas eu tenho medo de ir. E não é por o mundo ser perigoso, é pelas pessoas que habitam nele me causarem receio. Isso me causa raiva também, raiva por saber que estou presa atrás de grades invisivéis que cabe a mim passar por elas ou não.
 Enquanto não resolvo esse dilema, resolvi curtir minha própria cela.  Vou afastar mais essas paredes para torna-las maior, fazer uma faxina, pintar o teto de laranja talvez, ligar o som, remendar o pé da mesa de jantar, fazer barulho e cutucar os companheiros desconhecidos da cela ao lado, quem sabe ele tope colocar a mochila nas costas e ir pedalar comigo no nosso horário de lazer.
  Bom... só sei que agora eu sou assim mesmo, cabe somente a todos você me darem a oportunidade de tira-los dessa rotina enquanto me explico melhor.

eu, 18 anos.

sábado, 15 de outubro de 2011

Lero-lero.

Quero mais é sorrir.
Transformar sorrisos em concreto,
mergulhar no universo paralelo,
infiltrar as fronteiras do novo México
e só parar pra dormir.

Quero um balão azul gigante
que me leve pra bem longe
com o mais famoso navegante
e um velho gordo monge.

 Sambar, batucar, cantar e gargalhar.
 Suspirar, inalar, desfrutar e repassar.

 Descobrir pra viver, viver pra sorrir.

eu, 18 anos.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Não resistir!

 
                                                            ((Mini Bowie))

W. Allen e sua afinidade com meu eu.

 Um dia a certa de um mês, cheguei ao fundo do poço. Não queria viver
num universo sem Deus. Tenho uma arma. Eu a carreguei e a encostei
na minha testa e pensei em me matar. Então, pensei "E se eu estiver
errado? E se Deus existir?" Ninguem sabe. Depois pensei novamente " Não. talvez
não basta. Eu quero a certeza ou nada." Lembro-me claramente do barulho
do relógio. Estava sentado imóvel, com a arma na cabeça pensando se
atirava ou não. De repente, a arma disparou. Estava tão tenso que
apertei o gatilho. Mas eu suava tanto que a arma escorregou e não me atingiu.
Então, os vizinhos bateram à minha porta. A cena foi caótica. Corri até a porta.
Não sabia o que dizer. Estava envergonhado e confuso. Minha cabeça
estava a mil. Só pensava numa coisa: Tinha que sair daquela casa. Tinha que
respirar ar fresco e espairecer.
 Lembro-me de que andei um bocado. Não sabia no que pensar. Tudo me parecia tão
violento e irreal! Andei um tempão. Horas. Meus pés doíam, minha cabeça latejava..
Precisava me sentar. Entrei num cinema Nem sabia qual era o filme.
Precisava de um tempo pra pensar.. botar o mundo numa perspecitiva racional.
Subi para o balcão e me sentei. Já tinha assistido àquele filme várias vezes desde
a infância e sempre o adorava. Comecei a prestar atenção, e me envolver no filme.
Daí, comecei a pensar " Como pôde pensar em me matar? Que estupidez! Veja essas
pessoas na tela. São engraçadas. E se o pior for verdade? E se Deus não existe e só
se vive uma vez e pronto? Você não quer viver essa experiência? Oras, o que há de errado?
A vida não é tão chato assim!".
 Pensei que deveria parar de procurar respostas que nunca encontraria e curtir a vida
enquanto durasse. E o depois? Quem sabe? Talvez existe algo. Ninguém sabe. Eu sei que
o " talvez " é um fio muito fino para nos apoiarmos, mas é o que temos.
Então, relaxei e comecei a curtir o momento.

                                                                 - Woody Allen -

sábado, 24 de setembro de 2011

Me fez eu novamente.

  Engraçado como você me conforta. Me conforta a distância e nem faz ideia disso.
E ao contrario de minha ausência em sua vida, você é completamente constante na minha.
Ontem dormir com medo do mundo, e dessas gargalhadas cruéis que a humanidade costuma dá. Dormir sem esperança e com receio do futuro. Mas aí você apareceu, e como previsto estava acompanhado... Você era literalmente o garoto do meus sonhos. Meio cliché dizer isso, mas porque não denominarmos assim algo tão real?
Enfim.. Te encarei, meu coração começou abrir um sorriso e em menos de alguns segundos estávamos tendo uns diálogos estilo aquele onde se há provocação e no final um sorriso, bem do seu jeito de ser. Logo depois rolou uns abraços e caricias, que não tenho nem palavras pra descrever a sensação que causou em mim. Não foi algo intenso, disso eu sei. Foi algo meio cândido, sereno e lindo.
 Quando estava no clímax da minha felicidade você escorregou do meus dedos de uma forma carinhosa. Acordada pelo despertador e indignada coloquei a culpa nele por ter feito você partir. Fechei os olhos novamente, mas nada mais voltava.. eu já estava consciente demais e por mais força que eu colocasse nos olhos nada mais iria acontecer. Somente o bom-dia.
 Já falei no início, mas realmente é engraçado como você me conforta. Você é um alguém que conheci no meu mundo real, mas só vejo você do jeito que eu quero em sonhos. Até porque tu não faz ideia disso tudo aqui. No meu mundo real, você nem se importa com minha existência ou a falta dela. Talvez por não termos oportunidade de nos conhecermos melhor, admito. Mas não sei como chegar em você... e você parece me ver e mudar de calçada pra nunca chegar em mim.
Pior que você nunca lerá isso e se lê tenho certeza que não saberá que é você.
 Deitada na cama, com minha bochecha esmagada no colchão e brincando com meus olhos de foco e desfoco com as figuras do lençol, parei-me pra imaginar você novamente. Pele cor de jambo, magro do jeito que eu gosto, suas costas faz formato de S, nariz médio e um pouco longo no caule, cabelos chocolate e que vivem meio bagunçados.
 Bom, de uma coisa eu sei.. você, ou melhor, o você do meus sonhos, me confortou no momento que eu não esperava.. me fez eu novamente.Me fez lembrar que um dia isso irá passar, e que por mais que essa espera seja grande eu sou capaz de ir contra o tempo. Que preciso acordar todo dia feliz assim como hoje pelo um bom-dia qualquer. Espero poder te agradecer um dia...e quem sabe pro você real.


eu, 18 anos.

domingo, 14 de agosto de 2011

o silêncio do vento

domingo, 8:37 da manhã.
nenhum som vindo da avenida, nenhum som vindo de dentro de casa, nenhum musical rolando ao meu redor, nenhum som de água escorrendo, nenhum som de besouro batendo no vidro da janela, nenhum som de suspiros, nenhum som humano além do meu. Já são 8:39... e o único som que pude senti e ouvir foi o do vento beijando minha nuca e movimentando meus cabelos nesses 2 minutos de silêncio. E pra ser sincera, começar o dia assim me agrada, sem dúvidas.

eu, 18 anos.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Fora da linha


  Não se deixe enganar pelo que a sociedade lhe dá na bandeja, porque você não conhece de que cozinha veio. E creio que ta aí a explicação de porque é tão prazeroso cozinhar: quando você faz sua própria comida, o tempero tem uma essência que só você sabe fazer. É isso que te torna autêntico, abrindo assim as portas para o clube dos lunáticos.
                                          Seja bem-vindo!

eu, 18 anos.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

a minha e a sua opinião

(...) coincidência e destino. Tem gente que acha que ambos são homogéneos. Errado! eu particularmente, cheguei a conclusão que acredito somente em destino. Até porque coincidência é acontecer algo que tem um certa probabilidade de não acontecer, mas que não é impossivél de ocorrer, certo? então, se não é impossivél não é uma coincidência e sim destino.
Destino é o que está predestinado a acontecer, e que por mais que você se ache no controle da situação, o mesmo já está dentro do ciclo.Você já tentou driblar o destino? ta esperando o que pra tentar? eu disse.. TENTAR. sabe quantas vezes eu já apaguei e escrevi novamente nesse post? mais de cinco, e creio que seja destino isso também.. porque talvez, se eu estivesse escrevendo sem parar desdo inicio como eu estou fazendo agora eu levaria menos tempo, acabaria mais cedo de concluir minha ideia, desligaria o computador e iria ver um filme que esta passando na TV por exemplo,mas talvez meu destino seja  pegar o filme só vinte minutos depois do inicio, ficar curiosa pra saber como começou e quem sabe amanhã eu alugue ele na locadora da minha rua e lá leia um cartaz que me dê uma ideia genial pra meu próximo post.
Ta tudo muito complicado ainda ne? quem sabe seja o destino agindo constantemente, mudando seus, meus, nossos pensamentos a cada milésimo de segundo. Ou você acha que não esta exposto a ser uma metarmofose? Há quem diga que a gente entra nessas constantes mudanças de conceito devido a experiências,aprendizado
 ou simplesmente evolução. correto! mas, quem você acha que propôs tudo isso pra você??

todos nós temos um destino,quem sabe o seu é acreditar em coincidências...

eu, 18 anos.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

psiu!

Hoje o sol estava sorrindo pra mim. Acordei, abrir a janela e nem notei sua presença. Tomei banho, me arrumei pra escola como faço todos os dias e meio sonolenta desci pra portaria do meu condominio a espera do transporte. Silêncio matinal de seis horas da manhã na avenida, resolvi colocar uma música pra tocar no celular e levei os fones aos meus ouvidos. Os mesmo rostos de todas as manhãs, os mesmos horários, os mesmos bons-dias. Porém, alguém me chamava e suavemente esquentava meu rosto, quando pensei em olhar a buzina do carro transporte cobriu a curiosidade. Precisei ir.
O barulho das conversas que se passava dentro do carro eu já estava de saco cheio, então coloquei o volume da minha música no máximo e escutei profundamente cada silaba que ela tinha pra me oferecer. Eu estava incrivelmente concentrada e tinha certeza de que não ia existir nada que me fizesse trocar de foco. Ilusão, ou melhor, engano meu Mais alto que minha música foi um psiu que atravessou minha orelha direita até a esquerda sem dó nem piedade. Abri meus olhos indignada procurando quem fez aquele barulho irritante e me deparei com um gigantesco sorriso brilhante do sol. Eu conseguia ver mais que sorrisos, eu ouvia risos, alegria, amor e um ar de suavidade. Me deparei sorrindo pra ele também e ele começou com aquela brincadeira de se esconder por detrás dos muros de concreto e aparecer no final dele, voltando a se esconder no próximo me deixando com os olhos vidrados procurando nosso reencontro. Depois de toda aquela brincadeira de esconde-esconde eu necessitava abraça-ló com todo amor que havia dentro de mim e um sorriso de orelha a orelha. Foi quando uma nuvem interrompeu nossos olhares, deixando só o ultimo raio de luz me da um até logo, pois naquela mesma manhã ele ainda precisava dá outros bons-dias pra  outras pessoas que assim como eu precisava de um recomeço na vida.
" ei, abra a porta! já chegou." Estavam todos me olhando esperando minha ação. Desci do carro meio desnorteada e com uma única certeza: hoje foi meu dia de ganhar um sorriso do astro rei, em troca de todos os bons-dias que já dei pra ele.

eu, 18 anos.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

sinceridade e nada mais.

Era um dia de segunda onde as aulas haviam começado, novos alunos, outros já veteranos. Ainda não existia norte ou sul, mas um sentimento tinha se plantado entre duas meninas. Dias e messes pareciam voar. Cada passo dado por elas viravam uma consequência, na qual se entrelaçavam da forma de um DNA explodindo em um resultado chamado amizade. E quando falo amizade, não é de boca pra fora. Vejo a palavra como um todo: amiga + lealdade = amizade.
Porém, existe muito mais por trás desse texto do que vocês pensam. Há vida nele, história real pra ser mais clara. A garota "caloura" é minha melhor amiga, que a dois anos está a Km de distância de mim se medida por uma escala geográfica, e próxima demais por via sentimento. Agora vem a questão, o que falar dela? na verdade, falar o que de nossa amizade? eu sinceramente não consigo escrever sentimento, muito menos quanto é tão verdadeiro. Então estou com moral pra errar até gramaticalmente nesse texto.
Sempre fui de não acreditar nessas paradas de signo,horóscopo ou coisa do tipo. Mas um dia me peguei lendo uma revista dessas, e nela tinha características que realmente se encaixam em mim sem querer ser modesta, uma delas é que sou muito amigável, do tipo que entrego minha confiança muito fácil a meus amigos e guardo a deles como um amuleto. A dessa minha amiga esta guardada não só como um amuleto, mas dentro dele também. Verdade seja feita quando fizemos um pacto de nunca iriamos nos separar.
Persistente, sincera, cabeça dura, alegre, companheira que só ela. A gente tem essa de protetora demais uma com a outra, um sentimento de família. Ela é minha irmã e quando alguém mexe com ela fico brava mesmo com isso. Hoje sei que a distância fisica não quebra algo que foi construido com verdade. E que meu lugar e o lugar dela ta guardado pra sempre e sempre onde estiver. Sinceramente em quatro anos de amizade não me recordo nenhuma vez que brigamos pra valer, nem brigas bobas na verdade. Pode ser que estas tenham  até se apagado de minha memoria se caso aconteceu. E o melhor sem força nenhuma. Acho que não devemos levar vasos ruins pelo nosso caminho.
Com ela, não existe mentira nem papas na linguas. Porque se as palavras cortam, com a gente ela vem reforçada com emborrachado. No fundo sabemos que se foi dito é porque é pra ser aprendido.
Só um olhar já sabemos o que a outra pensa, pode isso? E o mais gostoso de nossa amizade, é que apesar de estar claro pras duas a grande afinidade que temos, ainda nos pegamos feliz e impressionada quando cada uma revela um pensamento ou opinião e percebemos que são iguais.
A melhor qualidade dela é ser quem ela é por completo. Andar consigo mesmo, sem machucar os outros mais tambpem não se deixando enfraquecer pelas opinião dos mesmos. E quando isso ocorre, estou e estarei eu aqui pra dizer o quanto ela é fántastica. Eu não estaria nem iludindo e nem levantando seu ego pra se sentir melhor do que as pessoas em sua volta ao agir dessa forma. Somente estaria devolvendo o que ela derrubou.

Hoje agradeço a mim e a ela por lá no inicio onde nós duas ainda eramos desconhecidas uma pra outra, termos feito escolhas que desse nessa boa consequência que é nossa amizade.
Ontem foi aniversario dela e eu não pude ligar, pra muitas pessoas seria um motivo pra uma desunião. Mas não pra gente, não pra nossa amizade.

E depois de tentar escrever um texto onde expresso meu sentimento por ela, ainda é preciso dizer que a amo?

eu, 16 anos.