terça-feira, 22 de maio de 2012

Passatempo em pleno terceirão.

Bumba meu corvo.

  Eu tenho um corvo e ele se chama bumba, deriva de Bumbandelson Bumbandson. É, eu errei a escrita do nome do meu filho logo ali. Sim, ele é meu filho. Não que eu seja um pássaro, mas ele é o único ser dependente de mim e sobre meus cuidados.

  Temos uma relação amigável, sabe? Eu dou sementes e ele me conta o que viu pela cidade nos seus voos diários. Uma vez  ele me contou que presenciou um assalto onde a mulher foi violentada. Perguntei porque ele não ajudou e ele disse que quando ia agir a mulher pediu bis. Diz ele que é por essa e pro outras que não entende os humanos: " vocês trabalham a vida toda pra no final vim falar de sossego e morrer.."

  Bumba não sabe o que é exatamente o que chamamos de amor, mas ontem me trouxe um pedaço de pão dizendo que era para eu dividir com meu irmão. Não entendi nada daquilo e sei que nada disso tem ligação com o amor. No entanto, fiquei tão boba que dei foi meu pão inteiro.

  Acho que vou parar por aqui, porque de Bumba já falei. E só sei que esse corvo danado ainda vai me da muita alegria pra viver.

                                            Um beijo enorme pra ele!
                                                                           
                                                                                         J.M. - teoricamente 10 anos


eu, 18 anos.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Domingo em flores

  Naquele dia eu poderia não ter sangue nas veias que leva vida ao meu coração. Juro que não me importaria, pois aquela alegria que tava sentindo já era o suficiente para esse meu órgão covarde palpitar escandalosamente. O chamo de covarde por ele ser fácil demais. Costuma não lutar contra esse tipo de sentimento e chega até a oferecer uma xícara de chá pra qualquer um que aparece. Todo bobo mesmo, essa é a palavra que o define melhor.

  Pedalava por aí rumo a tranquilidade, acompanhada de duas amigas irmãs. Se existia coisa melhor pra se fazer naquele domingo ensolarado esqueceram de me avisar. O vento que soprava nossos rostos vinha na medida que pedíamos, nada era maior que os nossos sorrisos. " E a paisagem? " aahhh.. nem te conto! Aracaju é lindo demais pra quem sabe sentir.

O céu azul virou nosso telhado, na verdade quando estou com essas duas o tempo sempre está dos melhores, por mais que a chuva esteja tomando conta de tudo lá fora. E só de saber que eramos somente três pontinhos nesse planeta gigante me sentia pequena. Depois que mudei de visão e vi o brilho que saia da gente me veio a certeza que eramos a luz  mais intensa de todo mundo naquele momento.

 Não sei mais o que expressar aqui, só sei que pode passar dez, quinze, cinquenta anos ou quantos for, mas esse domingo ta guardado pra sempre em mim.


eu, 18 anos.

domingo, 6 de maio de 2012

"Sabe, meu caro, tentei convencer-te a acreditar no amor, dei argumentos plausíveis sobre esse assunto, mas fizeste pouco caso. Fiquei um pouco triste por ver que todas aquelas palavras ditas por mim foram em vão, não consegui te persuadir, ai que péssima eu sou! Mas, agora vejo que certo mesmo é você, que não sai se preocupando com pouca coisa, digo, com pequenas intrigas. Ei, me ensina à ser assim? Por favor. Cansei de mergulhar de cabeça nesse mar de amores, meu corpo dói, meus ouvidos doem por conta de tal profundidade. Procuro ar, mas esse sentimento me sufoca, entra pelo meu corpo, e quando vejo já estou tomada por tudo aquilo. Hoje sou isso, somente isso. Meu coração cansado de chorar quer sorrir."
                                                                         

                                                                                                                    Juliana Lima