quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Não resistir!

 
                                                            ((Mini Bowie))

W. Allen e sua afinidade com meu eu.

 Um dia a certa de um mês, cheguei ao fundo do poço. Não queria viver
num universo sem Deus. Tenho uma arma. Eu a carreguei e a encostei
na minha testa e pensei em me matar. Então, pensei "E se eu estiver
errado? E se Deus existir?" Ninguem sabe. Depois pensei novamente " Não. talvez
não basta. Eu quero a certeza ou nada." Lembro-me claramente do barulho
do relógio. Estava sentado imóvel, com a arma na cabeça pensando se
atirava ou não. De repente, a arma disparou. Estava tão tenso que
apertei o gatilho. Mas eu suava tanto que a arma escorregou e não me atingiu.
Então, os vizinhos bateram à minha porta. A cena foi caótica. Corri até a porta.
Não sabia o que dizer. Estava envergonhado e confuso. Minha cabeça
estava a mil. Só pensava numa coisa: Tinha que sair daquela casa. Tinha que
respirar ar fresco e espairecer.
 Lembro-me de que andei um bocado. Não sabia no que pensar. Tudo me parecia tão
violento e irreal! Andei um tempão. Horas. Meus pés doíam, minha cabeça latejava..
Precisava me sentar. Entrei num cinema Nem sabia qual era o filme.
Precisava de um tempo pra pensar.. botar o mundo numa perspecitiva racional.
Subi para o balcão e me sentei. Já tinha assistido àquele filme várias vezes desde
a infância e sempre o adorava. Comecei a prestar atenção, e me envolver no filme.
Daí, comecei a pensar " Como pôde pensar em me matar? Que estupidez! Veja essas
pessoas na tela. São engraçadas. E se o pior for verdade? E se Deus não existe e só
se vive uma vez e pronto? Você não quer viver essa experiência? Oras, o que há de errado?
A vida não é tão chato assim!".
 Pensei que deveria parar de procurar respostas que nunca encontraria e curtir a vida
enquanto durasse. E o depois? Quem sabe? Talvez existe algo. Ninguém sabe. Eu sei que
o " talvez " é um fio muito fino para nos apoiarmos, mas é o que temos.
Então, relaxei e comecei a curtir o momento.

                                                                 - Woody Allen -

sábado, 24 de setembro de 2011

Me fez eu novamente.

  Engraçado como você me conforta. Me conforta a distância e nem faz ideia disso.
E ao contrario de minha ausência em sua vida, você é completamente constante na minha.
Ontem dormir com medo do mundo, e dessas gargalhadas cruéis que a humanidade costuma dá. Dormir sem esperança e com receio do futuro. Mas aí você apareceu, e como previsto estava acompanhado... Você era literalmente o garoto do meus sonhos. Meio cliché dizer isso, mas porque não denominarmos assim algo tão real?
Enfim.. Te encarei, meu coração começou abrir um sorriso e em menos de alguns segundos estávamos tendo uns diálogos estilo aquele onde se há provocação e no final um sorriso, bem do seu jeito de ser. Logo depois rolou uns abraços e caricias, que não tenho nem palavras pra descrever a sensação que causou em mim. Não foi algo intenso, disso eu sei. Foi algo meio cândido, sereno e lindo.
 Quando estava no clímax da minha felicidade você escorregou do meus dedos de uma forma carinhosa. Acordada pelo despertador e indignada coloquei a culpa nele por ter feito você partir. Fechei os olhos novamente, mas nada mais voltava.. eu já estava consciente demais e por mais força que eu colocasse nos olhos nada mais iria acontecer. Somente o bom-dia.
 Já falei no início, mas realmente é engraçado como você me conforta. Você é um alguém que conheci no meu mundo real, mas só vejo você do jeito que eu quero em sonhos. Até porque tu não faz ideia disso tudo aqui. No meu mundo real, você nem se importa com minha existência ou a falta dela. Talvez por não termos oportunidade de nos conhecermos melhor, admito. Mas não sei como chegar em você... e você parece me ver e mudar de calçada pra nunca chegar em mim.
Pior que você nunca lerá isso e se lê tenho certeza que não saberá que é você.
 Deitada na cama, com minha bochecha esmagada no colchão e brincando com meus olhos de foco e desfoco com as figuras do lençol, parei-me pra imaginar você novamente. Pele cor de jambo, magro do jeito que eu gosto, suas costas faz formato de S, nariz médio e um pouco longo no caule, cabelos chocolate e que vivem meio bagunçados.
 Bom, de uma coisa eu sei.. você, ou melhor, o você do meus sonhos, me confortou no momento que eu não esperava.. me fez eu novamente.Me fez lembrar que um dia isso irá passar, e que por mais que essa espera seja grande eu sou capaz de ir contra o tempo. Que preciso acordar todo dia feliz assim como hoje pelo um bom-dia qualquer. Espero poder te agradecer um dia...e quem sabe pro você real.


eu, 18 anos.